O crescente sucesso do MMA nos últimos anos chegou também à seleção brasileira de judô, que se prepara para a Olimpíada de Londres, entre julho e agosto. Fãs de lutas em geral, os atletas confessam que costumam acompanhar os combates, se inspiram nos ídolos do octógono e até se divertem com o UFC através do videogame, o que eventualmente causa discussões.
Um deles é Leandro Guilheiro. Segundo colocado no ranking mundial da categoria médio, ele já possui dois bronzes no currículo e é favorito à conquista de mais uma medalha na Inglaterra. Fã de Anderson Silva, ele tenta repetir a força psicológica do Spider para subir ao ponto mais alto do pódio nos Jogos:
- Ele é um cara muito técnico, muito rápido e está acima dos outros mentalmente, sabe muito bem o que faz. É bom para ver como a mente é importante em um esporte de luta. Não tem como não admirar o Anderson.
Dizendo-se mais interessado nos bastidores do MMA do que nas lutas em si, Guilheiro cogita até mesmo usar a ideia de treinamento em diversas frentes para desenvolver a sua técnica depois de Londres 2012:
- O judô tem a luta em pé e a luta no chão e eu não sou muito de lutar no chão. É uma coisa que poderia melhorar bastante e poderia aplicar mais, pois isso me faria mais perigoso. De repente, depois da Olimpíada eu possa passar um tempo treinando isso, da mesma forma que eles (os lutadores de MMA) treinam várias modalidades.
Ao lado de Luciano Côrrea (campeão mundial em 2007), o peso pesado Rafael Silva é um dos mais fanáticos por UFC. Admirador de Anderson, Demian Maia e lutadores das antigas, como Murilo Bustamante e Royce Gracie, o judoca também gosta de observar o aspecto psicológico dos atletas:
- Você acaba acompanhando o pensamento do cara, vê como ele reage à luta. Como o MMA tem um tempo de luta bastante curto, como o judô, onde você pode perder a luta em uma fração de segundo, é muito importante essa concentração, saber o que o cara pensa e como reage antes da luta...
Campeão pan-americano na categoria ligeiro, Felipe Kitadai expressa a sua admiração comandando sessões de videogame que eventualmente acontecem entre os integrantes da seleção. Ele, que costuma escolher Lyoto Machida e Maurício “Shogun” para os combates virtuais, conta que nem sempre a brincadeira acaba bem...
- A gente já jogou e se pegou no MMA depois porque sempre dá uma discussão. Muita gente competitiva jogando videogame dá problema (risos).
Ainda em fase de classificação para os Jogos Olímpicos, cujas vagas são determinadas pelo ranking mundial, os judocas do Brasil têm o Grand Slam de Paris, nos dias 4 e 5 de fevereiro, como próximo desafio. Duas semanas depois, eles disputam o Grand Prix de Dusseldorf, na Alemanha.
Portal R7
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