Em Paris, Brasil dá início à temporada nos tatames.

O Brasil começa neste sábado (6) a temporada 2010 nos tatames. A seleção brasileira para o primeiro Grand Slam do ano, em Paris, conta com 17 atletas.

Competem na estréia Daniela Polzin e Sarah Menezes (48kg), Andressa Fernandes e Erika Miranda (52kg), Ketleyn Quadros (57kg), Mariana Silva (63kg), Breno Alves e Ricardo Ayres (60kg), Alex Pombo (66kg) e Marcelo Contini (73kg). No domingo (7) é a vez de Mayra Aguiar (78kg), Maria Suellen Altman (+78kg), Leandro Guilheiro e Nacif Elias (81kg), Tiago Camilo (90kg), Luciano Correa (100kg) e Walter Santos (+100kg).

Depois de ter sido eleita melhor atleta olímpica do ano no Prêmio Brasil Olímpico, Sarah Menezes volta a vestir o quimono para confirmar o bom momento, que a deixou em sétimo lugar no ranking mundial mesmo sem ter competido o Masters da Coréia, em janeiro, devido a uma lesão no joelho. A judoca piauiense havia se credenciado para a competição que reúne os 16 melhores do ano em quinto lugar na lista.

“A expectativa para Paris é ótima. Treinei muito para chegar aqui 100% e me sinto preparada para competir com qualquer atleta na chave”, afirma Sarah, de 19 anos, que em 2009 ficou em quinto lugar no torneio francês.

Uma das adversárias no peso ligeiro será justamente uma companheira de equipe: a carioca Daniela Polzin. Para os Jogos Olímpicos de Londres 2012, a vaga deve ser conquistada pelo atleta e não mais pelo país e, com isso, a Confederação Brasileira de Judô dará chances iguais aos atletas de se classificarem ao longo do período de ranqueamento, que vai de maio de 2010 a abril de 2012.

“Vai ser a primeira vez que luto com a nova regra (proibição de golpes abaixo da linha da faixa) e meu objetivo é focar na adaptação a ela. Será a última chance antes de começar efetivamente o ranqueamento para Londres”, afirma Daniela Polzin, que representou o Brasil em Atenas 2004. “Quero alcançar o maior número de pontos possível para começar a classificação olímpica como cabeça de chave”, completa.

A técnica da equipe feminina, Rosicleia Campos, considera o Grand Slam de Paris um início importante de temporada e concorda que a fase de adaptação às mudanças na arbitragem será importante durante a classificação olímpica.

“A expectativa e uma competição muito forte, com os principais países e atletas presentes. Nossas principais adversárias estão com equipe completa e começar bem aqui seria bom para ganhar ânimo e fôlego para as próximas competições”, comenta Rosi. “Mas também queremos estar bem diante das mudanças de regras. Todos os atletas ainda têm dúvidas em relação às regras de pegada e contra golpe”, acrescenta a treinadora.

A competição em Paris distribuirá US$ 150 mil em prêmios, além de pontos no ranking mundial (300 para o primeiro, 180 para o segundo, 120 para o terceiro, indo até o sétimo lugar). São esperados mais de 400 atletas de cerca de 50 países representando os cinco continentes. As lutas acontecerão no Palais Omnisport de Bercy, com lotação esgotada de seus 10 mil lugares para os dois dias. A fase classificatória será às 10h (7h de Brasília), com finais a partir de 16h (13h de Brasília).

CBJ