Tentando resgatar o judô clássico, a Federação Internacional de Judô proibiu a utilização da "catada de pernas", técnica em que o judoca agarra a perna do adversário. A mudança na regra, que entrou em vigor este ano, foi aprovada pelos judocas brasileiros que, a partir de maio, começam a disputar uma vaga nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.
"O que a gente estava vendo era tudo menos judô, de tanta coisa que estava acontecendo. Tinha catada de perna, outros recursos", justificou Tiago Camilo, após treino da seleção brasileira em São Paulo nesta quarta-feira. "Agora a gente está voltando ao que era o judô no começo, que é plástico e, acima de tudo, faz o judoca procurar sempre o ippon [golpe perfeito]", complementou o atleta, medalha de prata nas Olimpíadas de Sidney-2000, quando competia entre os leves (-73kg), e bronze em Pequim-2008, na categoria meio-médio (-81kg).
Outro medalhista olímpico que aprova a ideia é Leandro Guilheiro. Bronze em Atenas-2004 e Pequim-2008 na categoria leve, o judoca de Suzano passa a competir entre os meio-médios este ano e mostra alívio com o veto ao golpe. "No meu estilo de luta influencia pouco, porque eu nunca fiz esses golpes, até ajuda porque eu me sinto menos vulnerável", explicou.
No entanto, Guilheiro admitiu que também tomará alguns cuidados agora que a nova regra entrou em vigor. "Só tem que tomar cuidado com punição porque às vezes a gente involuntariamente pega na perna".
A expectativa é que a proibição da catada de pernas ajude o judô brasileiro a conquistar mais medalhas em competições internacionais. "Tem muitos atletas europeus que agora têm seu ponto forte um pouco enfraquecido", celebrou Luciano Corrêa, campeão mundial dos meio-pesados (-100kg) no Rio de Janeiro-2007. "Mas pode ter certeza que nas próximas competições eles vão vir com alguma coisa nova, que a gente não espera", alertou Guilheiro.
Gazeta Press
Novas Regras: O que pode e o que não pode em 2010.
ResponderExcluirA Comissão de Arbitragem da Federação Internacional de Judô está disponibilizando vídeos a título de esclarecimentos, são 60 sequencias de técnicas e pontuações aplicadas a partir da revisão feita pela FIJ em 2009
http://judoparananews.blogspot.com/2010/01/novas-regrasvideo-o-que-pode-e-o-que.html
“Isto não faz sentido, é como pedir a um futebolista que passe a chutar sempre com o pé esquerdo. As pessoas têm técnicas definidas, o judô evoluiu e não pode ser alterado de um momento para outro”, disse-nos a judoca do Benfica.
ResponderExcluir“Se a medida avançar, eu vou ser claramente prejudicada porque essa é uma das minhas técnicas preferidas. Tenho outras técnicas, mas o meu judô passa muito por pegar as pernas. Sinceramente, não acredito que levem isso adiante, as pessoas iam insurgir-se. Até a bem pouco tempo também não era permitido termos os treinadores junto ao tatame e a FIJ voltou atrás porque houve muitos protestos.”
Telma Monteiro, 23 anos, vice-campeã do Mundo, campeã da Europa e líder do ranking mundial até -57 kg - Em meados do ano passado, quando ainda estava em teste as novas regras.
A mudança é muito radical.
ResponderExcluirTodavia, tem tudo para ser satisfatória.
No IFJ Masters da Coréia, por exemplo, praticamente 60% das lutas foram decididas por ippon de forma plástica.
A vacância foi muito pouca para adaptação dos atletas. No inicio parece um “bicho de sete cabeças”, mas é questão de costume.
No meu estilo de luta fui muito prejudicado. Mas vale salientar que judô vai muito além do lado competitivo. :)