segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

CBJ descarta Brasil fora das Olimpíadas.

"Chance zero!" Assim reagiu o presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Paulo Wanderley, quando perguntado sobre a possibilidade de o Brasil ficar de fora dos Jogos Olímpicos de Pequim. Nesta segunda-feira, o presidente da União Pan-Americana de Judô (UPJ), o dominicano Jaime Casanova Martines, acusou a CBJ de tentar, junto com a federação uruguaia, aplicar um "golpe de estado", para destituí-lo do cargo na união pan-americana. Paulo Wanderley confirma a reunião esta semana no Rio de Janeiro, mas nega o objetivo de derrubar a direção da UPJ.

- A UPJ está fazendo essa ameaça em cima de uma suposição. A reunião vai existir, vai ser privada e servirá para discutir o judô da panamerica. Não tem nada com esse cunho que ele está antecipando. Cabe a ele o ônus da prova. Qual seria o argumento dele para fazer uma ação contra a CBJ? Eu não entendo - disse Paulo Wanderley ao GLOBOESPORTE.COM, pelo telefone, lembrando ainda que a Federação Internacional de Judô (FIJ), entidade máxima do esporte, está ciente da reunião no Rio.

Paulo Wanderley acrescenta que mesmo na hipótese de a CBJ ser desfiliada, hipótese considerada por ele como absurda, os judocas brasileiros não correriam risco de ficarem de fora dos Jogos.

- Quem convoca para as Olimpíadas não é a CBJ. Esta é uma delegação que pertence ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Ele (UPJ) não tem gerência sobre isso. Nós, confederações, somos apenas os mecanismos de viabilizar essa convocação. Compete a nós dizermos quem pode ir, mediante convocação do COB. Se fosse um campeonato mundial de judô, aí sim (o Brasil ficaria de fora).

"Não passa na minha cabeça criar qualquer tipo de situação que venha prejudicar o judô brasileiro. Estou aqui de passagem, mas o judô continua."
Paulo Wanderley, presidente CBJ.



* Presidente manda mensagem aos atletas

Entre alguns atletas, a inveja dos outros países em relação ao bom momento do Brasil poderia ser um dos motivos desta reação do dominicano Jaime Casanova Martines. Paulo Wanderley vai além, e lembra também que 2008 é ano de eleições na União Pan-Americana de Judô.

- Também suponho que ele esteja preocupado com as eleições na Panamerica, que acontecem em novembro. Eles estão supondo que nós estamos com alguma ação nesse sentido, mas isso não é verdade. Não existe a possibilidade de discutirmos isso na reunião, vamos falar sobre os interesses esportivos do judô pan-americano.

''Quero dizer aos nossos queridos atletas que essa é uam possibilidade absurda e que continuem treinando."
Paulo Wanderley, presidente CBJ.

Sobre uma eventual candidatura à presidência da UPJ, Paulo Wanderley desconversa.

- Não que eu tenha manifestado isso (ser candidato a presidente). Em nenhum momento. Os presidentes das federações nacionais são virtuais candidatos à UPJ e até à FIJ. Isso é um direito de todos nós.

Paulo Wanderley aproveita para tranqüilizar João Derly e Érika Miranda (já confirmados nas Olimpíadas) e a todos os atletas que ainda lutam por vaga em Pequim.

- Quero dizer aos nossos queridos atletas que essa é uma possibilidade absurda e que continuem treinando. Não passa na minha cabeça criar qualquer tipo de situação que venha prejudicar o judô brasileiro. Estou aqui de passagem, mas o judô continua.


Fonte: Globoesporte.com

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